A "Estrela"...

Tem sido esta grandessíssima e muito simpática vaca que me tem levado o meu precioso tempo, impedindo-me de me dedicar convenientemente às causas blogosféricas!

Vão vê-la "a fugir" pelas ruas do Montijo, durante as festividades que na passada Sexta Feira tiveram início e terão a partir de amanhã “abertura oficial”!

Vou reunir os amigos para baptizarmos a nossa mascote de 2006: eu voto em “Estrela”, tal as “mordomias” a que tem sido habituada e o destaque que terá certamente em público!

Entretanto, venham de lá essas ideias e sugestões para o nome! A vaquinha agradece!

Quanto ao Coimbra’s, prometo que os posts vão tomar novo rumo a partir desta semana! Já sinto as ideias a fervilhar e causas nobres se aproximam!

Festejemos pois!

Apesar da falta de inspiração que me tem assolado aqui no blog, tenho vindo a "inspirar-me" noutros assuntos! As pinturas e recuperações na "fazenda" continuam (assim o tempo permita!) e a Optimus tem dado e muito que fazer! Sobra o tempo para descansar e desfrutar da família!

Mesmo assim, há uma pequena novidade, fruto da época, que me parece motivo para mais uma página do Coimbra's...

Voltaram a trinar bandolins e "bandurrias" cá em casa!... Os meus dedos, noutro tempo calejados de tantos fados, serenatas, ritmos mexicanos, espanhóis, porto-riquenhos e entre outros que tocaram, estão novamente a habituar-se ao vibrar das cordas e à ginástica dos acordes!

E é uma alegria... Muitos há que não gostam mas é indiscutível o misto de tradição e cultura que os cancioneiros das Tunas Académicas arrastam para o seio da juventude! São músicas com dezenas, algumas há com centenas de anos, que são recordadas em cada acorde, no peito de quem as canta! E quem me conhece, sabe bem o que significa para mim a tradição... é tudo!

E foi mesmo a tradição que me fez sacudir o pó da viola, afinar as cordas ainda gastas de noites "salerosas" e "reaprender" a tocar... Vêm lá as Festas Populares do Montijo e com elas, as noites de folia entre os amigos, as patuscadas, o convívio nas ruas, a alegria dos bailaricos nos pátios e nas principais ruas da cidade!
E qual verso no manjerico, eis que "rabisquei" duas quadras mal versadas, para "dar início" às festividades!

Venham de lá esses fados e guitarradas,
febras, cerveja e emocionantes largadas (espero!)...
Venha o tinto, o branco e o coirato!
O vinho vem "martelado" e o porco?... Rijo como sola de sapato !!

Venha a feira e a sua animação!
Os colares de missangas espalhados pelo chão.
Tragam farturas e as pipocas soltas
E os carroceis nas suas voltas loucas!

Honra e Memória!

Haja memória por aqueles verdadeiros Académicos que batalharam e lutaram, em seu prejuízo e das suas famílias, para devolver a honra à Académica, provando em tribunal a verdade sobre o que se passou naquela malfadada época de 1988.

A descida de divisão provocada pela "maior trafulhice do futebol português" com um dia se disse, trouxe danos e prejuízos financeiros e desportivos, incalculáveis para a Briosa, inocente no processo.

Porque eu tenho memória e orgulho! Porque não aceito que quem dirige o destino da “minha” Briosa, abuse desta forma do que pensam e do que sentem todos os adeptos e sócios desta Instituição Secular, deixo aqui o meu protesto.

Sofremos demasiado durante 10 anos pela mão cobarde e corrupta daquela gente e dos seus conhecimentos poderosos…

De forma “leve” e bem disposta, do artista gráfico Victor Costa, ilustro-vos o sentimento que reinou por Coimbra com a descida de divisão daquela gente…

Isto apenas para mostrar a minha indignação... “Amigáveis” com o “vitória sport club”?! Não obrigado!!!

170 anos!

Depois da minha “querida” alergia me ter deixado ontem completamente KO e o Projecto de Recuperação da Quinta dos Patos me ter tomado toda a disponibilidade e dedicação durante o fim de semana, estou de volta para virar mais uma página do Coimbra’s!

É que descobri, ao fazer a ronda habitual pelos diários on-line da minha Cidade , que o Liceu José Falcão, onde fiz parte do Secundário antes de me transferir para o Montijo, está a comemorar 170 anos de existência!

Sabia que era já muito antigo, que havia sido denominado como Liceu D. João III durante longos anos mas sinceramente, não tinha a noção de que tinha sido erguido como Liceu há 170 anos!
As comemorações são repartidas pela celebração dos 70 anos do edifício do antigo Liceu D. João III (hoje em dia, Liceu José Falcão) e dos 170 anos do Liceu de Coimbra, que o precedeu.

“Partilhei” aqueles corredores, com “alguns” anos de diferença é certo, com personalidades tão ilustres como Miguel Torga, Vitorino Nemésio, João de Deus, Guerra Junqueiro, António José de Almeida, Teixeira Gomes e o cientista Mário Silva.
Mais recentemente, foram igualmente alunos o Conselheiro de Estado, antigo Presidente da Assembleia da República e actual Presidente da Assembleia Geral da Associação Académica de Coimbra OAF, Almeida Santos bem como o actual autarca de Coimbra, Carlos Encarnação.
Também Rómulo de Carvalho (o poeta António Gedeão), leccionou no “meu” Liceu.

Ainda me recordo do primeiro dia que lá entrei, integrado na “fatídica” turma do “Clube Europeu”! Confesso que tive algum receio daquele “gigante”…

Belos tempos por lá vivi… Ali iniciei a minha adolescência com todas as maluquices e aventuras que isso implica… Os primeiros contactos com a tradicional praxe académica, que de forma muito ténue já existia e que tão bem integrava os “caloiros”, ensinando-os a comportar-se num mundo tão diferente da C+S de onde vinham.

As idas a casa do Júlio nos “furos” e as futeboladas no pátio das garagens do Pimentel (tanto lençol sujamos à vizinha do rés do chão!)... As listas para a Associação de Estudantes, os primeiros copos e noitadas, os primeiros “desgostos amorosos", o despontar da irreverência estudantil!

As primeiras manifestações, greves e discordâncias com os Professores...Fazia parte de um grupo muito unido e formidável de amigos, muitos dos quais, ainda hoje me dão a honra de os considerar como tal, apesar do tempo, distância e ausência… Amizade verdadeira, um dos grandes tesouros que me deixou o José Falcão.

Hoje em dia, estou certo, que muito pouca coisa será como antes naquele Liceu mas espero sinceramente, que sobreviva a todas as adversidades que o sistema de ensino lhe tem colocado, bem como aos alunos que o continuarão a frequentar... Pela tradição e pela memória!

Os 10 mandamentos da criança aos pais

Ainda na Lusa Atenas, quando ia rua abaixo com a minha mãe às compras na Baixa da Cidade, passava sempre pela Maternidade Bissaya Barreto, onde tentava de cada vez, com os meus olhinhos pequeninos, ler um texto enorme que se esticava por toda a parede e que tinha como título "Direitos da Criança"... Eram 10 e acabei por os consegui ler todos, apesar de na altura, não achar grande sentido em algumas das frases que lá estavam ordenadas... Ingenuidade própria da tenra idade...

Hoje, mais crescidote (mas não muito!), para além de compreender na perfeição o porquê de terem feito aquele mural, descobri ainda estes 10 mandamentos que Vos convido a ler com atenção para que, em consciência, os possam seguir e aconselhar:

1. As minhas mãos são pequenas: por favor não esperem a perfeição ao fazer a cama, desenhar, atirar e agarrar uma bola.As minhas pernas são pequenas: por favor abrandem para eu vos poder acompanhar.

2. Preciso de encorajamento para crescer. Por favor sejam brandos nas vossas críticas. Lembrem-se: podem criticar o que faço sem me criticarem a mim.

3. Os meus olhos não vêem o mundo do mesmo modo que os vossos. Por favor deixem-me explorá-lo em segurança. Não me impeçam de o fazer sem necessidade.

4. Os meus sentimentos ainda estão tenros. Não impliquem comigo o tempo todo. Tratem-me como desejariam ser tratados.

5. As tarefas domésticas estão sempre a precisar de ser feitas. Só sou pequeno por pouco tempo. Por favor percam tempo a explicar-me as coisas deste fantástico mundo em que vivemos e façam-no de boa vontade.

6. Por favor não vão "fazer por cima" tudo o que eu faço. Isso dá-me a ideia de que os meus esforços nunca alcançam as vossas expectativas.Sei que é difícil, mas não me comparem a outras crianças.

7. A minha existência é uma dádiva. Cuidem de mim como é esperado, responsabilizando-me pelas minhas acções, dando-me linhas de orientação e disciplinem-me de um modo afectuoso.

8. Por favor não tenham medo de ir passar fora um fim-de-semana. Os filhos precisam de férias dos pais como os pais precisam de férias dos filhos. É uma bela maneira de mostrarem como a vossa relação é especial.

9. Por favor dêem-me a liberdade para tomar decisões que me dizem respeito. Deixem-me falhar, para que eu possa aprender com os meus erros. Assim, um dia estarei preparado para tomar as decisões que a vida me exigirá.

10. Por favor dêem-me todas as oportunidades para eu aprender e bons exemplos para eu seguir. Assim poderei tornar-me numa pessoa verdadeira, recta e humana.