terça-feira, novembro 28, 2006

Quando as saudades apertam...

Diz-me tu ó cidade...

Em que sonhos no teu ventre guardas

Essas capas de liberdade,

Se na revolta da mocidade

Não há cavalos nem espadas!

Diz-me tu ó cidade

Em que desenganos me embalas?

Se adormecendo a saudade,

Lhe vais roubando a eternidade

Que cruelmente me calas!

Diz-me então ó cidade...

Porque desarrumas meu peito?

Se nasce em mim o teu rio,

Que espera que passe um navio

De sonhos e mágoas refeito...

Canção da Cidade Adormecida - Eduardo Filipe

P.S. Foto gentilmente cedida por Paula Almeida, exposta no seu magnífico fotoblog http://passearporcoimbra.blogspot.com/ que nos convida todos a uma visita demorada.